domingo, 12 de outubro de 2008

Um Convite para passeiar…


Gostava de propor um passeio pelas belas paragens de vinhedos e casarios brancos, localizados a cerca de uma meia hora de caminho, partindo de Lisboa pela A1, saída em Alenquer e continuar no sentido Torres Vedras e encontrará a indicação de Ribafria.

Estas terras constituem hoje um acidentado espaço com cerca de dezoito quilómetros quadrados que se desdobra em incontáveis colinas, portelas e vale, dominados a norte pelo autero perfil azulado da Serra de Montejunto.

Terras férteis de vinhedos, vinhas e cerejais oferecem ao visitante ocasional paisagens de deslumbramento que se podem admirar dos mirantes naturais: Sobreiros, Calçada, Silveira do Pinto, Soeiro Cunhado e Sítio de São Miguel.

A cobrir esta paisagem montanhosa e diversa, a mancha verde brilhante das vinhas, pomares e hortas, os tons verdes negros das pequenas matas e arvoredos dispersos aqui e ali os espaços alvadios das ”terras de pão” e um pouco por toda a parte, a brancura aconchegada do casario das quintas, dos casais, dos lugares e das aldeias ou as silhuetas melancólicas dos velhos moinhos de vento imobilizados nos visos das colinas. Dão o toque final a este belíssimo quadro naturalista os traços bem marcados da estradas, caminhos e veredas, as linhas que caligráficas dos “cômoros” ou das “estremas” de propriedade e o traçado escuro das cortinas de arvores `beira dos cursos de água.




Região marcada por séculos de história guarda ainda hoje os seus tesouros para quem queira descobrir.

Os velhos caminhos de calçada ou terra batida escondidos nas dobras das colinas entre arvoredos ou à descoberta de belos horizontes e de paisagem inesperada.



As aldeias e os lugares quase esquecidos, onde o ritmo calmo da vida e os seus grandes silêncios parecem pertencer a tempos já passados. As pequenas ermidas e Igrejas que guardam a sua beleza.

As tradições das festas cíclicas do Natal e do Entrudo, da Semana Santa e da Páscoa, dos Santos padroeiros, ainda vivas nas práticas tradicionais deste povo.

As velhas quintas solarengos de escuras adegas, repletas de história ligadas a um passado não muito distante de grande produção vinhateiras e da alegria das vindimas.





O antigo convento de S. Jerónimo, que nos deixaram o testemunho da fé das suas comunidades religiosas que à muito desapareceram das nossas terras.

O colorido da azáfama dos trabalhos das vindimas com cheiros e sons antigos a acordar e perfumar campos e povoações.

Tudo isto, e um sentido profundamente rural da vida, a quarenta e poucos quilómetros de grande cidade, onde a palavra campo há muito perdeu o sentido, fazem destas terras um espaço privilegiado para um visitante amigo da Natureza e dos valores da nossa terra.

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