sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Apontamento Histórico

A igreja de São Miguel, orago da Paroquia, «dista légua e meia de Alenquer para o Poente, é curado anexo à Igreja de Santo Estêvão e tem estes lugares: Azedia com vinte vizinhos ,Silveyra do Pinto com dezasseis, o Mato com trinta e dois aonde está um convento de frades de S. Jerónimo (…) o Outeiro do Vinagre com dez vizinho, Ribafria com cinquenta e uma ermida de Nossa Senhora do Egipto, Palaios com dezasseis e uma ermida,(…) Valverde com dezoito e uma ermida, Bom vizinho com catorze ,o Pereiro com trinta e um ermida do Espírito Santo (actual Igreja de Nª Sª da Conceição) com hospital para os passageiros e outra de Santo Amaro.» (Corografia portugueza,Lisboa, 1712.)

Confronta a norte com as paróquias de Aldeia Galega da Merceana e Aldeia Gavinha e Meca; a sul com o concelho de Sobral de Monte Agraço; a nascente com a paróquia de Carnota e a poente com o concelho de Torres Vedras.

A notícia mais antiga que se refere a este lugar é a da doação que D. Afonso Henriques faz, em 1162 ou 1164, ao mosteiro de São João de Tarouca, da herdade de Palhacana (Palhacaan) no termo de Alenquer. O topónimo Palhacana parece ter a sua origem em pallacana (que se lê palhacana, em castelhano), do latim de Plínio, e que significa “cebola dura, comprida, sem cabeça”. Pertencendo ao termo de Alenquer, em 1259 já era sede de Paróquia. Com a criação do município de Aldeia Galega, passou a pertencer ao termo deste.
O arquivo paroquial remonta a 1592.
Em 1758, três anos após o terramoto de 1755, o pároco Ignácio José Pereira de Castro fez dela a seguinte descrição:
«Hé o Arcanjo Sam Miguel o seu Orago, hé de huma só nave a Igreja,a capella mor, e dous altares collateraes, hum de N. Senhora e outro do Menino Deus» (Memórias Paroquiais)

Com a Implantação da Republica perde-se o culto nesta Igreja, e ela entra no mais completo abandono. Apenas fica na memória dos mais velhos, a celebrações dos sacramentos nesta igreja e a sua beleza artística.

Nos anos 50, a colocação de um telhado impediu a sua total destruição, mais tarde deu-se a aquisição de um novo sino para o lugar do sino «Simão», e retomou-se as feiras de S. Miguel.

Nos anos 80, houve novas obras e o povo comprou uma imagem de S. Miguel, que mais tarde foi furtada.

Em 2003, adquiriu-se uma nova Imagem do padroeiro, e a partir daí começou-se a cuidar deste local sagrado, e transferiu-se as principais solenidades para a Igreja Paroquial.

No ano de 2007, entrou novamente em obras, e pelo motivo da última imagem ser de pouca qualidade e demasiado pequena surgiu a possibilidade de adquirir a actual imagem.

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